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Textos/comentários a publicações de autores de outros blogs.

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Comentários

21
Jul21

Comentário 55

Zé Onofre

                     55

O silêncio é meu amigo,

É a mãe de todos os prodígios,

Das palavras que não escrevi,

Das canções que nunca ouvi,

Das descobertas científicas a haver.

O silêncio

É o mar por onde navego,

Guiado pela Estrela Polar,

À procura do Cruzeiro do Sul,

Das américas,

Do Mostrengo que está no fim do mar.

Abençoado silêncio

Que me permite ouvir as raízes crescer,

Ouvir o crepitar das estrelas,

O orvalho congelar,

Ouvir o som antes de acontecer.

Zé Onofre

 

19
Jul21

Comentário 53

Zé Onofre

                 53

Solidão e Silêncio

Meus companheiros de todos os momentos.

Em qualquer lugar refugio-me.

Olhando o nada sem limites,

Dialogo comigo e comigo

E um deles é os outros.

Quando volto

Continuo a estar, não estando.

Às vezes, também sinto a falta

De um carinho,

De uma fala amistosa,

De um sorriso só para mim.

Nessas alturas é que o papel paga,    

Carregando palavras sem sentido.                           

    Zé Onofre

17
Jul21

Comentário 52

Zé Onofre

                                       52

Feliz, o homem, que encontra uma caravana que o leve.

Feliz, o homem, que teve a coragem de entrar na caravana.

Feliz, o homem, que encontrou a beleza da vida, tão mais bela, do que aquela que os seus sonhos lhe mostravam.

Feliz, o homem, que encontrou forças para continuar viagem pelos seus próprios pés.

Feliz, o homem, que soube o momento certo para correr e voar ao encontro do azul para além da imaginação.

    Zé Onofre

15
Jul21

Comentário 50

Zé Onofre

2021/03/11

Já não sei se as palavras

Unem, ou separam.

Já não sei se palavras

Que enuncio

São objectos precisos

Ou apenas balões levados no vento.

Não sei se as palavras fazem sentido,

Ou se apenas ganham sentido

Quando de tantas vezes repetidas perdem o sentido.

    Zé Onofre

 

 

 

 

 

 

14
Jul21

Comentário 48

Zé Onofre

                   48

O amor parte tantas vezes o coração!

Uma vez partido

Apanhamos os cacos doridos,

E moldamos um novo,

Com lágrimas e as mãos.

E repetir, repetir, repetir.

Até que tudo se vá

E nada sobre parmoldar,

Saber que é hora de partir.      

E nada sobre para moldar,

Saber que é hora de partir.

    Zé Onofre

13
Jul21

comentários 47

Zé Onofre

                   47

Numa madrugada de Maio,

Com o sol a espreitar no cimo dos montes,

Estrada fora carregava, a custo, meia dúzia de livros.

De repente uma força irreprimível

Faz das minhas mãos,

Mãos mágicas, fizeram nascer,

Nos meus longos cabelos rosas e mais rosas.

Poucos passos dados,

Os meus pés proclamam a independência,

Voltam atrás e as mãos continuaram,

O seu trabalho.

Agora tinha rosas na boca,

Rosas pendentes das orelhas,

Rosas que desciam braços nus abaixo,

Plantadas nas dobras da camisa.

As loucas, até dos livros fizeram surgir rosas.

Não cheguei ao destino.

Um olhar ríspido,

Um dedo em riste,

Uma directora-estátua,

Apontou-me o caminho de volta.

E eu só ia engalanado com rosas.

Juro que eram só rosas.

  Zé Onofre 

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