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De braços ao leu
Cabelo a voar,
Que o vento levantava dos ombros,
Caminhava cantarolando e feliz.
De repente uma roseira,
Salta-me ao caminho.
Senti ali um desafio.
E as mãos loucas,
Em roda solta,
Fazem de mim um roseiral.
São rosas nos cabelos,
Rosas na boca,
Rosas pendentes das orelhas,
E claro ramos nas mãos.
Entro no colégio de bem com a vida,
Não termino a subida das escadas.
No alto a directora, de dedo em riste,
Aponta-me a porta da saída.
Zé Onofre