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Nov21
Comentário 154
Zé Onofre
154
2021/08/02
Cá para nós,
Que ninguém nos ouve,
Mas que alguns lerão,
A mágoa, a tristeza,
A raiva, a decepção,…
Escrevem palavras,
Que depois voarão até ao infinito,
Ou às profundas de uma gaveta desconhecida.
Ficam por lá
Sepultadas na poeira dos tempos,
Ruídas pelo bichinho de prata,
Ou então
À espera de um acto louco,
Que as atire sem dó, nem piedade,
Aos olhos desprevenidos
De desconhecidas gentes.
Zé Onofre