Comentário 227
227
022/02/10, comentário a uma publicação de Maria Soares em 022/02/22
Fantasmas de casas,
Esqueletos graníticos
Vestidos de lençóis de lama,
Que vêm lá do fundo dos anos,
Das profundezas das águas,
Lembrar-nos que nada é para sempre
Que tudo é perecível.
É o tempo que nos fala
Do que era lá atrás
Do que foi ontem
E nos dá uma pequena amostra do amanhã.
É o progresso a ser assombrado
Por um passado que maltratou a natureza,
Com olhos no imediato
Sem pensar no futuro que já é hoje,
Nem num mais longe
Que é já amanhã.
Talvez com paciência,
E com muito mais desejo
Do que crença,
Talvez ainda consigamos reverter os estragos,
Ou, pelo menos, não os agravar.
Zé Onofre