22
Mai21
Comentário 32
Zé Onofre
32
Cor-de-laranja.
Vejo-me lá atrás,
Numa tardinha qualquer,
No colégio da Formiga.
Sentado, à mesa de estudo,
Esquecia os livros,
E fixava-me nas vidraças.
O sol-poente alaranjava o céu
Enquanto se recolhia para outros mundos.
Nessa hora laranja,
Quando o sol caía apara lá do casario,
Uma melancolia inexplicável
Invadia-me
Alagando-me os olhos.
Zé Onofre