Comentário 244
244
022/03/15
Sobre o poema “Da Janela” por D. Rafaela da Silva Melo
A janela pode ser apenas
Uma abertura para o quotidiano.
A janela é bela
Quando se abre para o além
E ainda mais longe.
A janela pode ser
Uma abertura numa parede fechada
Que permite a entrada da luz
E a fuga de um olhar.
A janela pode ser um espelho
Que desliga dois mundos.
Um espelho que reflete o mundo
Para o mundo,
Um espelho que reflete o interior
Para o interior.
Este é o tipo comum das janelas.
Há janela que unem mundos distantes,
Tempos separados por eternidades,
O alfa e o ómega,
O infinitamente pequeno
E o infinitamente grande.
Janelas por onde a imaginação
Cria impossíveis
E permite reduzir a zeros
A realidade que nos amarra a este pequeno mundo.
Esta é a janela
Por onde partimos à busca da sabedoria.
Zé Onofre