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Comentários

04
Abr22

Comentário 235

Zé Onofre

                 235  

 

022/03/19, comentário ao texto de Rita PN, «para que servem os poetas», em conta

me-historias.blogs.sapo.pt, no dia 022/03/18

 

De facto, os poetas para nada servem.

Spartacus escreveu um poema em ação.

Continua a haver escravos do ter,

E escravos que ajudam os outros a ter mais.

 

Cristo, dizem que viveu lá na Judeia,

Vai para dois mil e cem anos,

Escreveu um longo poema de amor para toda a humanidade,

A humanidade continua cheio de ódio e ambição.

 

Na Índia, no século vinte, um homem bom

Escreveu um belo poema de braços caídos.

A humanidade continua a levantar as mãos contra si própria.

 

Nos Estados Unidos, um homem simples

Escreveu poemas feitos de sonhos de igualdade entre todos.

A humanidade continua a desprezar-se a si própria.

 

De Liverpool, na velha Albion, um músico poeta

Escreveu uma canção cheia de sonhos e esperanças, Imaginem.

A humanidade continua a calcar com os pés e as mãos,

A destruir todos os dias as esperanças e os sonhos

E cada vez mais a capacidade de imaginar.

 

De facto, os poetas para nada servem,

Mas sem eles a realidade seria ainda mais insuportável.

Zé Onofre

11
Nov21

Comentário 151

Zé Onofre

                 150

 

2021/07/17

De amor, 

Que dizer do amor?

Para dar a resposta,

Que desconheço,

Poderia valer-me de Camões.

Resposta banalizada.

Se Camões soubesse

Como iríamos usar os seus sonetos

Nunca os teria escrito.

Será o amor  

Que nos leva ao espaço interestelar,

Ou será a idealização

A que chamamos amor?

Será o amor

Aquele sentimento

Que nos transtorna e apaga a razão,

Ou é apenas a ideia do amor

Que nos deixa tontos?

Não sei.

Também sei

Que, por mais respostas que tente,

Alguma será satisfatória.

Ouvi,

Não me lembro quando, nem onde,

Que um sábio

Fixou na porta de sua casa

A seguinte placa

- “Aceito conselhos de quem fez melhor

E não de quem sabe mais.”

Não falemos de amor,

Mostremos que sabemos amar.

 Zé Onofre

21
Out21

Comentário 132

Zé Onofre

132

2021/06/07

Em quantos labirintos me perdi
À procura dessa imaterialidade
A que chamamos amor?
Quantas palavras mal rabiscadas
Escrevi em papéis inocentes
Que acabaram em bocados na fúria das mãos,
Ou em cinzas na minha fúria inquisitorial?
Quantas palavras ditas no silêncio

 

Da gruta, chamada pensamento,
Que nem direito tiveram
A ver a luz do papel.
Onde estava Ariadne
Quando neles entrei?

Zé Onofre

 

08
Ago21

Comentários 53

Zé Onofre

            53  

O Amor.

O amor é uma inconstante,

Que nunca desagua no mesmo mar.

Dizem que há muitos, muitos anos,

Houve uma mulher Helena.

Brilhante como o seu pai sol.

Foi esta beleza a causa verdadeira

Do desentendimento que levou à guerra,

A mais longa desses tempos clássicos,

Pois se diz,

Imagine-se só,

Dez Anos.

Depois houve,

Segundo dizem,

Um profeta louco que amou tanto

Os Homens pecadores,

Prostitutas, cobradores de impostos,

Pescadores e outros trabalhadores

Que por amor à causa Humana

Se deixou matar.

Dando um salto para hoje,

Sou obrigado a constatar,

Que o viveram felizes para sempre

Apenas acontece nos contos de fadas.

  Zé Onofre

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