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12
Dez21

Comentário 173

Zé Onofre

                    173

 

2021/08/18

 

 Regresso,

Às alturas

Onde o vento

Corre frio em Agosto.

 

Subo,

Ao morro

Onde outrora,

Numa torre de vigia,

Um jovem Cristão

Espiava o horizonte,

À espera

Da bela princesa Moira.

 

Abro os braços

À corrente quente

Que vinda lá do fundo  

Me leva ao mais alto azul,

Ave de rapina.

 

Entonteço,

Em voltas e rodopios

Ascendentes.

 

Lá desse azul imenso

Vejo um fio de água,

Às vezes lagoas,

Que de açude em açude,

Desce os degraus até à foz.

  

No voo azul

Homens

Que fazem a sesta

À sombra das parreiras,

Ou seguram as paredes da casa

Com corpos cansados.

 

Uma corrente fria

Poisa-me suavemente

Folha morta

No chão.

 

Abro os olhos.  

Os braços ainda

Balançam ao vento

Sobre o abismo.

 

No penedo dos encantos

Apenas o cabelo

Voa livre no vento.

    Zé Onofre

06
Jul21

Comentários 46

Zé Onofre

De braços ao leu

Cabelo a voar,

Que o vento levantava dos ombros,

Caminhava cantarolando e feliz.

De repente uma roseira,

Salta-me ao caminho.

Senti ali um desafio.

E as mãos loucas,

Em roda solta,

Fazem de mim um roseiral.

São rosas nos cabelos,

Rosas na boca,

Rosas pendentes das orelhas,

E claro ramos nas mãos.

Entro no colégio de bem com a vida,

Não termino a subida das escadas.

No alto a directora, de dedo em riste,

Aponta-me a porta da saída.

Zé Onofre

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