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Textos/comentários a publicações de autores de outros blogs.

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Comentários

01
Jan22

Comentário 189

Zé Onofre

                    189

 

2021/09/26, sobre a uma publicação de Bárbara Celta em valetas fundas.

 

Entre o Alfa

E o Ómega

Há um longo caminho a percorrer.

Podemos ir por caminhos feitos

Saltar de pedra em pedra

Para caminhar sobre as águas.

Por aí nem Absoluta,

Nem Conjugada

Haverá liberdade.

Liberdade absoluta

É caminhar pela selva

Abrir caminho de catana na mão.

Se, se vai só ou acompanhado

Com um, dois, ou muitos

É Liberdade Absoluta comum a muitos.

   Zé Onofre

30
Dez21

Comentário 187

Zé Onofre

B.187-----182

 

2021/09/25, Sobre uma publicação de Mo em reallifebook

 

Se sou sábio, não sei,

Ao saber para onde quero ir.

Apenas sei que lá chegarei

Por caminhos a descobrir.

   Zé Onofre

22
Dez21

Comentário 182

Zé Onofre

                     182     

2021/08/31, inspirado em Setembro..., Maria, em silêncios

A Natureza  

Veste cores perfumadas

Mirando, vaidosa, na água

A roupagem de Gala     

Para o baile

Que o Verão lhe oferece

Como despedida para o longo sono

Que Setembro anuncia.

 

O vento,

Ainda brisas pacíficas,

Levam docemente folhas

Em voos que acabam

Levemente deixadas

Nos caminhos do silêncio.

 

Ao longe

Toalhas de nuvens

Carregam-se de chuva,

Lágrimas tristes,

Grossas cortinas

Que velarão o longo sono

Invernal da natureza

Que Setembro anuncia.

 

Em Abril,

Ondas serenas

Que se desfazem

Em beijos de espuma

Acordarão a Natureza,

Que se vestirá de cores virginais,

Longe das glamorosas

Cores da Gala de despedida

Com que setembro de novo a vestirá.

    Zé Onofre

13
Dez21

Comentário 174

Zé Onofre

                   174

 

2021/08/18

 

Expulso do ventre da mãe

Entrei neste mundo

Vestido com a frágil pele,

E com um grito,

Choque do ar nos débeis pulmões.

 

Logo,

Nesse primeiro dia,

Vestiram-me.

Ano após ano

 

Com mais trapo,

Menos trapo

Desligaram-me das sensações puras

Tomadas à flor da pele.

 

Chega um momento

Que sinto vontade de viver,

A urgência de brincar,

O desejo de sonhar,

De seguir caminhos

Mais ou menos dolorosos.

Mais ou menos silenciosos

À procura da vida.

 

Só com pés nus

Possuo o caminho.

Nas pedras ásperas deixo sangue,

Leve, sigo pelo manto de musgo,

Poiso aqui e ali no areal,

Sinto-me gaivota.

 

Pela renda das nuvens

Olho a espuma das ondas

Que se enrola nas areias.

 

Dois trilhos de pés descalços,

Separados por uma sombra,

Que duas mãos unem.

 

Uma gargalhada límpida

Ecoa das pegadas abandonadas.

 

Nesse momento

Compreendo a grandeza

De ter vindo nu ao mundo.

   Zé Onofre

05
Dez21

Comentário167

Zé Onofre

                     167

                       

2021/08/12

 

Neste momento

Em que a coragem

Tem de chegar

Vinda sabe-se lá de onde.

Neste momento

Em que toda a força

É necessária

Para enfrentar o medo

Que nos tolhe o pensamento.

 

Neste momento

Em que a nossa vida

É feita refém de segredos

Tão longe do nosso entendimento.

 

Neste momento

Em que velhos caminhos

Se cruzam com novos caminhos

Que andamos ao deus dará 

Sem sabermos de rumo, nem rota.

É preciso que saibamos,

Que algures no meio da Tempestade,

Mesmo sem provas evidentes,

Estará lá alguém 

Que resistirá connosco.

Esse desconhecido

Podes ser tu,

Pode ser ele,

Será um “eu ”colectivo”

Forjado na adversidade.

Zé Onofre

19
Nov21

Comentário 158

Zé Onofre

    158

 

Nas palavras

Há verdades escondidas,

Caminhos escuros,

Veredas luminosas,

Tesouros perdidos.

 

Nas palavras escritas em placas de argila,

Em folhas de papiro,

Em tabuinhas de cera,

Nas memórias dos velhos,

Nas memórias dos poetas,

Nas memórias dos bardos,

Nos tratados filosóficos,

Há bravura que se derrama em fraqueza.

 

Há verdades absolutas,

Há mentiras

Que se vestem de verdade,

Há medos

Que atrás de armaduras e escudos

Se engalanam de coragem.

 

Nas palavras tudo é possível.

A verdade

Estampa-se nos gestos.

Cair,

Levantar,

Erguer a cabeça,

Seguir em frente,

Sem querer saber de quedas futuras.

 

O gesto de enfrentar,

Ainda que com olhares líquidos,

Quem espezinhou,

Apontar o nariz ao futuro

Mostra dignidade,

Expõe o seu grande coração

Que nunca escondeu.

   Zé Onofre

16
Nov21

Comentário 155

Zé Onofre

            155

 

2021/08/02

 

A vida é feita

De estranhos caminhos.

Linhas emaranhadas,

Encruzilhadas desconhecidas,

Palavras mal garatujadas,

Lutas leais,

Lutas desiguais,

Vãs glórias,

Fortes vendavais.

 

A vida

É o medo que nos rói,

A alegria que nos eleva,

É mentira que dói,

A verdade que magoa,

O vazio que nos preenche,

A solidão que nos rodeia,

A multidão que nos esmaga,

A tristeza

Que se derrama dos olhos.

A vida são amores,

Desamores,

Ódios,

Amizades

Que vão,

Que veem,

Que ficam,

Que estão.

A vida está lá.

 

 

Felizes os que a acham.

  Zé Onofre

15
Set21

Comentário 97.1

Zé Onofre

                   97.1

Caminhos,

Velhos caminhos

São sempre os mais queridos.

Os novos caminhos nunca se igualam

Aos velhos caminhos.

Quanto mais antigos

São os velhos caminhos

Que mais nos atraem.

Que mistérios

Há nos velhos trilhos,

Que tantas vezes pisamos,

E que hoje, ao serem caminhados de novo,

Nos soltam duas fontes no rosto,

Um sorriso de melancolia

Na boca triste.

Que de novo têm os velhos trilhos

Se quando tantas vezes os passeamos

Há tantos anos?

Mais uma pedra, menos uma pedra,

Mais arbusto, menos arbusto,

Mais voo, menos voo,

De ave, mais, ou menos, migratória.

Sinto-me preso aos velhos caminhos

Pelas vozes dos amigos que ali vão,

Mas que há já muito se esfumaram,

São os pensamentos compassados

Ao ritmo de um outro tempo,

É o vento que esvoaça os cabelos

Que já não temos,

É aquela chuva miudinha.

É o estar sentado com a companheira

Olhando o horizonte.

E mesmo que a companheira de ontem,

Seja a companheira de hoje,

Companheira e paisagem

Não são as mesmas.

22
Ago21

Comentário 73

Zé Onofre

                    73

Qual rola rumando a sua casa

Havia pouco, ou muito, abandonada.

Havia já quase, mas ainda não,

Abandonado 

A busca por a amiga

Afastada destes olhos.

Olhos,

Caminhos cruzados

Nos quais nos achamos,

Há, apenas, alguns dias.

Boa volta 

Aos olhares partilhados

Com amigos já antigos,

Outros novos a ganhar radículas

Nos olhares aqui gravados.

  Zé Onofre

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