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Textos/comentários a publicações de autores de outros blogs.

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Comentários

30
Abr22

Comentário 255

Zé Onofre

              B255 ------ 250

 

022/04/29

 

Sobre, O Equívoco de Se Ser, por Cuca Margoux, em 022/04/27, no blog aesquinadodesencontro.blogs.sapo.pt

 

Saberei eu quem sou?

Ou sou o que imagino ser?

Ou apenas serei uma imagem

Reflectida nos olhos de alguém?

 

Que imagem é aquela reflectida,

Que olho nos olhos da gente

Que apressada, ou lenta, passa

Por esta sombra vagabunda.

 

Serei a sombra fugidia nos olhos

Da gente que apressada vai sem destino,

Ou aquela sombra quase parada

Nos olhos de quem não tem para onde ir.

 

Conhecendo-me, ou desconhecendo-me,

Sei que caminho pela vida como sombra

De um eu que vive, sofre e interroga,

O caminho por onde passo a passo vou.

27
Nov21

Comentário 160

Zé Onofre

                     160         

 

2021/08/06

Quero chegar.

Onde ?sei lá.

 

Ali,

Além,

Ou mais além ainda

Do que imaginar se possa.

 

Vou andar.

Um pé a seguir a outro,

Por antigas veredas,

Velhos caminhos,

Ou por ruas estradas ainda não rasgadas,

Sei que vou.

 

Como todos que caminham

Sei que cairei

E de que algumas quedas

Resultarão mazelas graves.

Com sorrisos as sararei.

Mais doloroso

Será

Carpir mágoas

Estendido no chão.

 

Levantar

Decididamente

Tropeçar de novo

Regressar ao caminho

Até chegar ao destino que desconheço.

 

Andarei até romper as botas,

Até os dedos romperem o cabedal,

Até os meus pés serem as suas solas.

Chegarei lá,

Mesmo que chegue sozinho,

Mas chegarei.

15
Set21

Comentário 97

Zé Onofre

           97

[Resolvi brincar  com palavras de outrem (que eram em prosa) e com elas escrever um novo texto.]  

Vamos

Estamos tão cheios de hoje,

Tão cheios de ontem

Tão cheios de futuro

Vamos velhos amigos

Dar a volta ao quarteirão

Sentar-nos num muro

Procurar espaços novos.

Vamos redescobrir o prazer,

De ver os desenhos das sombras,

Que projetam, no chão, as novas cores

Tudo o que ainda não existe

Mas podemos imaginar.

Vamos sem destino

E de mão dada ou separados

Acima

De novos escritos, de novos cheiros

Que nos façam rir, ou chorar.

Vem comigo  

Conhecer nas paredes

De tudo Fechar os olhos

Sentir, que nos esquecemos de nós.

Vamos, calçamos os sapatos

 E no mesmo caminho

 Pintar a cores imaginadas

 Como se não conhecêssemos

De sobra os objectos

Tudo o que ainda não existe.

Viver cada humor,

Por vezes parece-me 

Que receamos viver, saborear,

Que nos esquecemos que somos nós

Que vamos ali a andar lado a lado.

Olha, então vem comigo pensar

Como se fosse o primeiro, ou o último dia.

Vem comigo encontrar

Conforme as larguras de estrada

E até sem vista

Tudo o que ainda não existe

Ou, que havemos de conhecer

Vens?

  Zé Onofre

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