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Comentários

10
Dez21

Comentário 171

Zé Onofre

                     171

 

2021/08/16

 

Tenho alturas.

Umas vezes ando por baixo.

Outras, estou bem alto.

 

Quando estou em alta

Ouço os outros,

Conforto os outros,

Estendo a mão aos outros,

Visto-me

Com toda a paciência do mundo.

 

 Em qualquer dos casos

Procuro

Não sei bem o quê.

Onde terei errado?

Que passos mal dados, terei dado?

 

Umas vezes,

Quando mais otimista,

Jogo tudo em cima dos outros.

Descarrego em todas as gerações

Anteriores a mim.

Da amiba ao homo erectus,

Do Neandertal ao Sapiens,

Dos avós aos pais.

Eu, ser otimista,

Ser perfeito,

Isento de imperfeições,

Nunca poderia ter errado.

 

Outras vezes,

Pessimista-realista,

Sou lixo.

Um ser sem tino

Que somente sabe errar,

Excessivamente erra.

Veneno para os outros,

Os mais próximos

E num efeito borboleta.

Ou fazendo tocar uma sineta,

Mato o Mandarim.

 

Quem me acudirá?

Se escondo a mão,

Se me refugio,

Bicho-de-conta,

No nicho mais escuso do mundo?

 

Quando estou no fundo,

Nem otimista, nem pessimista,

Sinto-me ausente.

Não melhoro o bem-estar dos outros,

Nem egoisticamente o meu.

 

Que raio, ando aqui a fazer?

Quem sou?

Um cadáver

Que se esqueceram de enterrar.

 

           Zé Onofre

27
Set21

Comentário 109

Zé Onofre

                   109

 

Que diabo,

Se passa com os homens?

Em que monstros nos tornamos?

Que seres

Insensíveis, fizemos de nós?

Em que encruzilhada

Tomamos o caminho errado?

Que fizemos

Da Humanidade Sonhadora?

Quantas vezes

Spartakus morreu às nossas mãos?

Quantas vezes

Crucificámos Cristo?

Quantas revoluções

Vimos abortar de mãos caídas?

Que fizemos

À Igualdade, Fraternidade, Liberdade?

Que fizemos do sonho de vermos

“Todos os homens nascerem livres e iguais?”

Que fizemos da vontade de unir                        

 “Os Proletários de todo o Mundo?”

Tanto sangue perdido

Para fazer um mundo melhor.

Tanto sangue derramado,

Para não haver “Judeu, ou Grego,

Nem senhor, nem escravo”.

Aqui estamos nós

Sonhadores

Que fomos,

Sonhadores

Que queremos continuar a ser,

Subjugados a um poder

Que sem rosto,

Governa sem lei,

E dá pelo nome de  

- Mercado.

Em que momento

Da caminhada

Nos desviamos do sonho?

   Zé Onofre

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