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Comentários

03
Abr22

Comentário 234

Zé Onofre

 

                234

022/02/27, sobre um texto de Sandra em silabasasolta, nesta data


No Carnaval

Cai a máscara do dia-a-dia.

Mal ela se evola no vento

Apressamo-nos a esconder o rosto

Sob as cores da fantasia,

Sob a loucura furtiva

Duma noite de folia.

 

Ao outro dia,

Após aquela noite de folias inconsequentes,

Resta o que somos.

– Destroços de humanidade,
Ao sabor dos vendavais

Que inconstantes sopram

De todos os pontos cardeais.

  Zé Onofre

08
Nov21

Comentário 147

Zé Onofre

 

                 147

 2021/07/10

 Sonhar…

No terreno dos sonhos

Tudo se desenrola

Como a fantasia o desenha.

Sonho.

Há um grupo 

Que em voo picado,

Do alto da encosta,

Mergulha no rio.

Há umas crianças

Que rebolam pela encosta verde,

De leira em leira,

Até àquele fio de água

Que os marmeleiros ora escondem,

Ora mostram em reflexos de prata.

Voar

Sobre as nuvens negras,

Olhar o sol que desliza

Na abóboda azul-infinito,

Enquanto sob os pés

As nuvens se rasgam

Em fendas de luz.

Ouvir e ver as fadas

Virem com as suas mãos-de-luz,

Os seus sorrisos-azuis,

A aplanarem o caminho

Para os Príncipes e Princesas

Que eternamente se apaixonam

E vivem felizes para sempre.

Cada vez que uns lábios mágicos

Soltam as fadas no meu sonho

Venço todos os obstáculos

Como Alexandre,

Desato “os nós-górdios”

Sempre de modos inovadores.

  Zé Onofre

05
Nov21

Comentário 146

Zé Onofre

                 146

 

2021/07/07

 

Agora pergunto-me

Passados quarenta e sete anos.

Que fizemos da Utopia?

Em que curva,

Nos enganamos

Para sufocar neste beco?

Quem, no meio

Dos libertadores,

Queria apenas

Marcelismo, sem Marcelo,

Um capitalismo de rosto humano,

Envernizar a superfície,

Que mascarasse a exploração?

Seriam tão poucos

Os que desejavam levantar voo

Para uma nova dimensão,

Que não se sabia o que seria,

Mas que não era o que morria,

Nem esta fantasia democrática.

  Zé Onofre

27
Out21

Comentário 137

Zé Onofre

                 137

 

2021/06/21

 

A poesia não mora em versos com palavras de sílabas bem contadas e com rimas mais ou menos pobres.

A poesia também não mora em frases que se interrompem para ganharem um ritmo mais ou menos cadenciado.

A poesia mora no olhar, nos sons ouvidos, nos aromas, no paladar, no acariciar.

A poesia mora no que se fantasia com o que e com quem nos rodeia.

A poesia mora no passado que conseguimos tornar presente e levá-lo até ao futuro.

A poesia mora onde houver sensibilidade, mesmo que essa habite num ser analfabeto.

A poesia mora fora de nós.

A poesia não mora na inteligência, nem no conhecimento.

A poesia cerca-nos por todo os lados.

Felizes os que a sabem apreciar verdadeiramente onde ela está.

  Zé Onofre

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