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Textos/comentários a publicações de autores de outros blogs.

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Comentários

11
Jan23

Comentário 304

Zé Onofre

                   

304 

022/12/25

Sobre, Tempo... Tempo que passa..., 020/12/08, Ana Mestre, em sopalavrasminhas.blogs.sapo.pt/

 

Marchamos pelo tempo

Sem prestarmos atenção devida

Aos marcos horários

Que o sinalizam.

 

Continuamos passo a passo

Levianamente caminhando

Como se fossem infinitos

Os passos que ainda nos faltam dar. 

 

Às vezes parece que andamos em círculos

Desperdiçando os passos

Como quem dá milho aos pombos

Como se tudo já estivesse feito.

 

Como nos permitimos desperdiçar passos

Fazendo de conta que tudo estava andado,

Que apenas faltava

Fazer o descanso do guerreiro.

 

Afinal, enquanto andamos em círculos,

O mundo caminhou em frente,

Porém em marcha atrás,

Trazendo de volta os fantasmas do paspassado, sado.

 

Aproveitemos os passos que ainda temos

Para correr de uma vez por todas

Com os manipuladores do tempo

Que fazem do passado futuro.

  Zé Onofre

23
Jul22

Comentário 281

Zé Onofre

B 281 ----- 276

 

022/07/23

 

Sobre, Quando os velhos se tornam invisíveis, imsilva 29.06.22, imsilva.blogs.sapo.pt

 

Dizem que há casas assombradas,

Fantasmas brancos e transparentes

Vagueiam entre as suas paredes,

Fazendo correntes de ar frias,

Uns,

Outros,

Mais desastrados, batem portas e janelas

Algum,

Mais pesadão, arrasta correntes pelo chão.

 

Quando fui mais novo  

Desdenhosamente dizia

Não acredito,

Não passa de conversa de assusta criança.

 

Agora que a idade avança,

Olho as paredes,

O teto e o chão do quarto.

Sem espanto verifico

Que fico mais branco e transparente,

Mais desastrado e barulhento

Ao fechar janelas e portas,

E os passos arrastando vão

Tão pesados e descompassados

Como se arrastasse correntes pelo chão.

 

É então que descobro

Que os fantasmas sempre existiram,

Não nas paredes que me abrigam,

Isso sim, dentro da carne que sou.

 

Perdendo as terrenas ilusões

E já sem relutância vislumbro

– Um dos fantasmas sou eu.

Zé Onofre

22
Abr22

Comentário250

Zé Onofre

                   250  

022/04/22

 

Sobre – saíste como entraste na minha vida, por Maria em silencios.blogs.sapo.pt/

 

Agora, espero ouvir passos

Caminharem até à porta de entrada

Do casulo onde vivo.

 

Agora, olho através do postigo,

Nem uma sombra se desloca

Para o casulo onde vivo.

  

Agora, cansado de esperar e olhar,

Apoio a cabeça nas mãos cansadas

Na mesa do casulo onde vivo.

 

Passam então, na tela dos olhos fechados

Imagens que o tempo, esse ladrão de cores

Tornou cinzentas, quase fundidas

Nas paredes do casulo onde vivo.

 

São imagens de tantas pessoas

Que vieram, que foram,

Com quem fiz mil e uma aventuras.

Habitam como fantasmas no casulo onde vivo.

 

Noutros tempos vieram

Cheios de vida e alegria, sóis da minha vida.

Partiram com saudades e saudades deixaram.

Agora nem alegria, nem sóis, nem tristeza,

Apenas fantasmas melancólicos

No casulo onde vivo.

 Zé Onofre

22
Mar22

Comentário 227

Zé Onofre

                  227

 

022/02/10, comentário a uma publicação de Maria Soares em 022/02/22

Fantasmas de casas,

Esqueletos graníticos

Vestidos de lençóis de lama,

Que vêm lá do fundo dos anos,

Das profundezas das águas,

Lembrar-nos que nada é para sempre

Que tudo é perecível.

 

É o tempo que nos fala

Do que era lá atrás

Do que foi ontem

E nos dá uma pequena amostra do amanhã.

 

É o progresso a ser assombrado

Por um passado que maltratou a natureza,

Com olhos no imediato

Sem pensar no futuro que já é hoje,

Nem num mais longe

Que é já amanhã.

 

Talvez com paciência,

E com muito mais desejo

Do que crença,

Talvez ainda consigamos reverter os estragos,

Ou, pelo menos, não os agravar.

  Zé Onofre

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