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Comentários

30
Ago21

Comentário 81

Zé Onofre

                       81

 

A solidão é um estado de alma,

Em o que se sente

Tem sentidos múltiplos,

Tantas vezes contraditórios.

A Solidão é, muitas vezes,

O ponto de equilíbrio

Entre o borburinho que é a nossa vida

E o rolar a mil à hora do mundo lá fora,

Que nos cilindra.

É um local onde nos achamos,

É o húmus onde florescem

Sonhos e viagens

Únicos e únicas.

Outras,

É o local perdido

Onde nos encontramos

Loucos à procura dos outros,

Dos outros que queremos

Tocar, abraçar, apertar

E nos escapam por entre a poeira dos segundos.

Há solidão ansiosa,

"Daqueles que foram cativados",

Que a cada momento que passa

Os torna mais próximos da hora certa

De se perder na pessoa cativada.

  Zé Onofre

20
Ago21

Comentário 68

Zé Onofre

68

Somente os Loucos     

Têm uma visão clara do futuro.

Um louco olha o presente

E sente e pressente

Que o porvir

Tem necessariamente

De ser diferente

Do que é e do que já foi.

Não serão os economistas/financeiros,

Nem os políticos seus sacerdotes,

Que terão o discernimento certo

Para verem muito mais a frente.

Apenas os verdadeiros Loucos,

Loucos,

Criarão, a partir do caos que é este tempo,

Um mundo muito diverso do actual.

Ainda que ninguém os leve a sério,

Não se intimidam.

Continuam na sua Loucura normal,

A anunciar uma nova humanidade

Mesmo sabendo que com o seu dito delírio

Acabe preso num outro qualquer Tarrafal.

      Zé Onofre

04
Ago21

Comentário 48 e 49

Zé Onofre

48

2021/03/20

Também eu sou certamente dois, ou três.

O como me sonho dentro de mim.

O que me vejo no espelho,

Que reflete um outro que desconheço. 

E um terceiro, talvez o verdadeiro,

O que os outros vêm.

Fico sempre a suspirar

E a monologar.

Feliz foi Pessoa

Que era quem queria ser,

E quando queria ser,

E com uma clareza tal

Que nos convence

Que é eles todos.

  49

2021/03/21

Poema há-de ser.

Com todas as cores de todos os poetas.

Com todas as cores de todos os falares.

Com todas as cores de todas as almas.

Com todas as cores de todas as alegrias.

Com todas as cores de todos os chorares.

E se o poema se recusar vir?

Se o poema se recusar

Partilhar?

Se o poema se recusar

Aprisionar?

Vinde todos os ventos,

Vinde todas as aragens,

Vinde todas as tempestades,

Trazei até esta praia

Todos os poetas e todos os loucos.

Com os seus corpos nus,

Com as suas almas puras,

Deles faremos o poema

O mais belo que se poderá cantar.

  Zé Onofre

 

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