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Comentários

11
Jan23

Comentário 305

Zé Onofre

                   305

 

023/01/11

 

Sobre, Olhos Que Falam, 29.12.12, Maria Neves, em mluciadneves.blogs.sapo.pt

 

A escuridão tem razões

Que a claridade desconhece”.

 

Fechar os olhos,

Olhar no fundo da escuridão

O que a luz esconde.

 

O dia

Apenas mostra

O que nos apresenta

Prende o nosso olhar

Com um poder tal que nos impede

Desviar os olhos do foco em que incide.

  

                        Num palco,

                        A luz,

                        Apenas ilumina a cena principal,

Esconde, deliberadamente,

As penúmbricas cenas marginais

Que apenas servem para engrandecer

O Centro.

 

A noite

Iguala as imagens,

As cenas,

As personagens.

 

A noite,

Na sua igualdade mortal

Não distingue

Personagens em centrais e secundárias.

Todas são nós do mesmo enredo

Da trama que é a Vida.

05
Abr22

Comentário 236

Zé Onofre

                 236 

022/03/21, sobre a publicação, Mostra-me a poesia nas coisas feias,  de Maria em silêncios.

 

A poesia da guerra

Não está na guerra,

Nas vidas ceifadas,

Sejam elas das primaveris flores,

Ou dos inocentes animais das florestas,

Das vidas acabadas antes do tempo.

 

A poesia da guerra

Não está nas pernas cansadas

Que automáticas avançam

Por entre prédios destruídos,

Caminhos carbonizados,

Ainda mais escuros

Pelo vermelho que foi vivo,

Do sangue derramado.

 

A poesia da guerra

Não está nas palavras que tentam explicar,

O inexplicável,

Na procura de culpados,

Quando todos o somos,

Nas palavras trágicas com que a mostram,

Até ao pormenor mais insignificante,

Para se derramarem lágrimas fáceis.

 

A poesia da guerra

Poderá estar no modo terrível,

Como de tempos a tempos,

Cada vez mais frequentes esses tempos,

Somos chamados à realidade crua

Em que vivemos,

Se esse despertar assustado

Fizer florescer no chão,

Que somos nós,

Uma flor de Paz

Que destrua, por uma vez,

Toda a indústria da morte.

 

    Zé Onofre

19
Dez21

Comentário extra numeração

Zé Onofre

Extra numeração

 

021/12/19

 

«Eleitor moderado é o que não tolera misturas ideológicas de democratas com extremistas. » - António Borges Carvalho

 

Há nomes a serem apagados da memória,

Das gentes e dos povos por serem extremistas.

Devem ser totalmente excluídos da história,

Que nem uma só silaba do seu nome persista.

 

Que para sempre se apague o nome Spartakus,

Que, por ser pessoa muito pouco moderada,

Sequer quis discutir com o seu Dominus

E pegou logo na sua afiada espada.

 

Sobre Vercingétorix, e gauleses aguerridos,

Jamais alguma palavra seja dita ou escrita.

Pois este bárbaro infame não deu ouvidos

E contra Júlio César levantou logo a crista.

 

Que desta Ibéria, ponta ocidental do mundo,

Para sempre, de hoje em diante, de imediato,

Seja enterrado num abismo bem profundo,

O nome do pastor-guerreiro infame Viriato.

 

Que dos desertos da Judeia, a humanidade

Esqueça o maldito exagerado idealista, Jesus,

Que, tão radicalmente pregava a igualdade

Que bem feito foi terem-no pregado na cruz.

 

Que jamais se lembrem homens tão diferentes –

Mahatma, Martin Luther King, Lumumba,

Simon Bolívar, George Washington, Pedro I,

Machado dos Santos, Almirante Reis, Michael Collins,

Mondlane , Amílcar Cabral, Agostinho Neto, O MFA,   

Nicolau Lobato, Nelson Mandela, Samuel Nujoma,

Todos eles perigosos políticos nada moderados  

Extremistas que exigiam liberdade, igualdade,

Ou mais perigosos para os democratas moderados,

«Independência» e mais dramaticamente ainda,

Os que de armas na mão «Independência ou Morte.»

  Zé Onofre  

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