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Comentários

22
Mar22

Comentário 227

Zé Onofre

                  227

 

022/02/10, comentário a uma publicação de Maria Soares em 022/02/22

Fantasmas de casas,

Esqueletos graníticos

Vestidos de lençóis de lama,

Que vêm lá do fundo dos anos,

Das profundezas das águas,

Lembrar-nos que nada é para sempre

Que tudo é perecível.

 

É o tempo que nos fala

Do que era lá atrás

Do que foi ontem

E nos dá uma pequena amostra do amanhã.

 

É o progresso a ser assombrado

Por um passado que maltratou a natureza,

Com olhos no imediato

Sem pensar no futuro que já é hoje,

Nem num mais longe

Que é já amanhã.

 

Talvez com paciência,

E com muito mais desejo

Do que crença,

Talvez ainda consigamos reverter os estragos,

Ou, pelo menos, não os agravar.

  Zé Onofre

01
Mar22

Comentário 219

Zé Onofre

                  219  

 

022/01/15, sobre uma publicação de Isabel Silva em sussurros-da-mãe-natureza

 

É bom estar em sintonia

Com o vento que passa,

Com chuva, lágrimas de alguém,

Com a água fina e fria

Que correndo vai cantando

Em leito de pedras,

Que águas passadas amaciaram.

 

É tão bom parar o tempo

Apreciar um arco-íris de cores impossíveis,

Observar o sol curioso

A espreitar pelos buracos das cortinas cinzentas,

Brilhando um brilho diferente,

Em cada olhar.

 

É um sentir sem sentido,

A natureza a pulsar no corpo,

Vivê-la tão profundamente

Como se fôssemos só um,

Não um poste ao alto

Um rasgo de sangue

No corpo da natureza.

 Zé Onofre

10
Jan22

Comentário 195

Zé Onofre

                   195

 

2021/10/11

 

É da natureza das coisas

As folhas caírem uma a uma,

Ou então serem varejadas por um vendaval.

É da natureza das coisas

Umas folhas

Caírem desvalidas no chão,

Outras com sorte

Voarem aves tontas

Na loucura do vento,

E outras serem veleiros

Em riachos

Levando sonhos nossos

A navegar.

Agora o que não é

Da natureza das coisas

É que multidões de folhas-homens

Sejam pisadas e humilhadas

Todos os dias

Por uma minoria

De homens-folhas

Cobertas de ouro,

Sangue das outras esmagadas.

  Zé Onofre

22
Dez21

Comentário 182

Zé Onofre

                     182     

2021/08/31, inspirado em Setembro..., Maria, em silêncios

A Natureza  

Veste cores perfumadas

Mirando, vaidosa, na água

A roupagem de Gala     

Para o baile

Que o Verão lhe oferece

Como despedida para o longo sono

Que Setembro anuncia.

 

O vento,

Ainda brisas pacíficas,

Levam docemente folhas

Em voos que acabam

Levemente deixadas

Nos caminhos do silêncio.

 

Ao longe

Toalhas de nuvens

Carregam-se de chuva,

Lágrimas tristes,

Grossas cortinas

Que velarão o longo sono

Invernal da natureza

Que Setembro anuncia.

 

Em Abril,

Ondas serenas

Que se desfazem

Em beijos de espuma

Acordarão a Natureza,

Que se vestirá de cores virginais,

Longe das glamorosas

Cores da Gala de despedida

Com que setembro de novo a vestirá.

    Zé Onofre

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