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Textos/comentários a publicações de autores de outros blogs.

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Comentários

11
Fev22

Comentário 207

Zé Onofre

                    207

 

2021/10/31 Sobre uma publicação de Fátima Ribeiro em 21.OUT.31

 

Para o mundo

Para que servem os atos

Ou os sonhos?

 

Se assustam são grandes,

Se apaziguam são insignificantes. 

Zé Onofre

08
Nov21

Comentário 147

Zé Onofre

 

                 147

 2021/07/10

 Sonhar…

No terreno dos sonhos

Tudo se desenrola

Como a fantasia o desenha.

Sonho.

Há um grupo 

Que em voo picado,

Do alto da encosta,

Mergulha no rio.

Há umas crianças

Que rebolam pela encosta verde,

De leira em leira,

Até àquele fio de água

Que os marmeleiros ora escondem,

Ora mostram em reflexos de prata.

Voar

Sobre as nuvens negras,

Olhar o sol que desliza

Na abóboda azul-infinito,

Enquanto sob os pés

As nuvens se rasgam

Em fendas de luz.

Ouvir e ver as fadas

Virem com as suas mãos-de-luz,

Os seus sorrisos-azuis,

A aplanarem o caminho

Para os Príncipes e Princesas

Que eternamente se apaixonam

E vivem felizes para sempre.

Cada vez que uns lábios mágicos

Soltam as fadas no meu sonho

Venço todos os obstáculos

Como Alexandre,

Desato “os nós-górdios”

Sempre de modos inovadores.

  Zé Onofre

13
Out21

Comentários 124

Zé Onofre

               124

 

Sabendo-se, ou não,

Todas as idades

São idades de sonhar.

Apenas

Se mudam as idades

Mudam-se os sonhos,

E as vontades

De mudar.

Em todas as idades

Se sonha,

Sempre mais à frente.

Porém,

O mais à frente de cada idade

É mais curto.

Contudo, conforme o fim dos dias

Se vai chegando

Sonha-se sempre

Mais além da cova que nos espera.

Zé Onofre

09
Out21

Comentário 120

Zé Onofre

120

 

Todo o Homem

Que já foi Menino

- Há “homens que nunca foram meninos”-

Se lembra

Desse tempo de encantamento.

Desse tempo

Em que acreditava

Que os seus olhos

Clareavam o dia,

Que acreditava

Que a correr

Arrastava o sol pelo azul,

Qual estrela de papel.

Que o movimento das suas mãos

Agitavam as árvores ao vento.

Que os segredos

Que as folhas confidenciavam às aves

Os segredava da sua boca inocente.

Que estas, diligentes,

Faziam chegar aos poetas.

Que os versos

Eram os sonhos que ele murmurava

Enquanto brincava

No verde dos campos,

Sentado num penedo

A mirar o rio.

Acreditava

Que o rio e o mar,

Aquela rocha e o monte além,

Existiam pela sua vontade.

Sentia-se Senhor da Terra e do Céu

Que bastava dizer a palavra mágica

Para voar para além do horizonte,

Muito mais além das estrelas,

Para além do que a imaginação alcança.

Feliz o Homem,

Que,

Por breves momentos mágicos,

Volta a ser aquele inocente menino.

  Zé Onofre

26
Set21

Comentário 108

Zé Onofre

 108

 

Havia, numa praia,

Um poste de madeira

Pés presos na areia

A mirar, apaixonado, o mar.

Uma paixão imensa,

Que o areal contrariava.

Aproveitou um vendaval

Libertou-se daquela prisão

Mergulhou totalmente no oceano.

Ondulou horizonte afora,

Carregado de sonhos

De marinheiros de água doce.

Correu os sete mares

Largando sonhos,

Levando sonhos,

De praia em praia,

De arribe em arriba.

Cansou,

Quando os mares

Já não tinham segredos,

Que ele não tivesse descoberto.

Regressou.

Cansado,

Atou-se ao areal,

Por um lenço azul

Tecido de água do mar,

Recordação marinheira.

Zé Onofre 

 

 

30
Ago21

Comentário 81

Zé Onofre

                       81

 

A solidão é um estado de alma,

Em o que se sente

Tem sentidos múltiplos,

Tantas vezes contraditórios.

A Solidão é, muitas vezes,

O ponto de equilíbrio

Entre o borburinho que é a nossa vida

E o rolar a mil à hora do mundo lá fora,

Que nos cilindra.

É um local onde nos achamos,

É o húmus onde florescem

Sonhos e viagens

Únicos e únicas.

Outras,

É o local perdido

Onde nos encontramos

Loucos à procura dos outros,

Dos outros que queremos

Tocar, abraçar, apertar

E nos escapam por entre a poeira dos segundos.

Há solidão ansiosa,

"Daqueles que foram cativados",

Que a cada momento que passa

Os torna mais próximos da hora certa

De se perder na pessoa cativada.

  Zé Onofre

28
Ago21

Comentário 78

Zé Onofre

          78

O sonho nasce

De uma gota de orvalho

Refractando o sol da manhã.

Do piar de um recém-nascido,

Embalado pelo vento,

No seu berço no alto de uma árvore.

Da lágrima de uma mãe

Quando sente o bebé,

Saído do seu ventre,

No seu colo ávido de dar ternura.

De um sussurro do vento

Nas folhas de um bosque.

Do balir de um anhito,

Tropeçando, ainda, nas suas frágeis pernitas.

Do cantar de uma fonte,

Futuro ribeiro, ou rio,

Leito de sonhos levados para o mar.

Do Olhar de uma pessoa enamorada,

A ver o respirar manso da amada.

Do beijo delicado dos amados,

Numa noite de luar, ou de estrelas.

Do amor concretizado

Num momento único e simples.

Este sonho

Que nasce e renasce,

Que floresce em flores,

Amadurecem em frutos,

Que maduros largam as sementes no vento,

Nasceu no momento,

Ou quem sabe milhões de anos antes,

Em que um primata,

Inadvertido desceu de uma árvore,

E, sem saber o que fazia,

Caminhou pela Savana

Até se manter erecto.

   Zé Onofre

17
Jul21

Comentário 52

Zé Onofre

                                       52

Feliz, o homem, que encontra uma caravana que o leve.

Feliz, o homem, que teve a coragem de entrar na caravana.

Feliz, o homem, que encontrou a beleza da vida, tão mais bela, do que aquela que os seus sonhos lhe mostravam.

Feliz, o homem, que encontrou forças para continuar viagem pelos seus próprios pés.

Feliz, o homem, que soube o momento certo para correr e voar ao encontro do azul para além da imaginação.

    Zé Onofre

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