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Textos/comentários a publicações de autores de outros blogs.

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Comentários

11
Jan23

Comentário 304

Zé Onofre

                   

304 

022/12/25

Sobre, Tempo... Tempo que passa..., 020/12/08, Ana Mestre, em sopalavrasminhas.blogs.sapo.pt/

 

Marchamos pelo tempo

Sem prestarmos atenção devida

Aos marcos horários

Que o sinalizam.

 

Continuamos passo a passo

Levianamente caminhando

Como se fossem infinitos

Os passos que ainda nos faltam dar. 

 

Às vezes parece que andamos em círculos

Desperdiçando os passos

Como quem dá milho aos pombos

Como se tudo já estivesse feito.

 

Como nos permitimos desperdiçar passos

Fazendo de conta que tudo estava andado,

Que apenas faltava

Fazer o descanso do guerreiro.

 

Afinal, enquanto andamos em círculos,

O mundo caminhou em frente,

Porém em marcha atrás,

Trazendo de volta os fantasmas do paspassado, sado.

 

Aproveitemos os passos que ainda temos

Para correr de uma vez por todas

Com os manipuladores do tempo

Que fazem do passado futuro.

  Zé Onofre

22
Abr22

Comentário250

Zé Onofre

                   250  

022/04/22

 

Sobre – saíste como entraste na minha vida, por Maria em silencios.blogs.sapo.pt/

 

Agora, espero ouvir passos

Caminharem até à porta de entrada

Do casulo onde vivo.

 

Agora, olho através do postigo,

Nem uma sombra se desloca

Para o casulo onde vivo.

  

Agora, cansado de esperar e olhar,

Apoio a cabeça nas mãos cansadas

Na mesa do casulo onde vivo.

 

Passam então, na tela dos olhos fechados

Imagens que o tempo, esse ladrão de cores

Tornou cinzentas, quase fundidas

Nas paredes do casulo onde vivo.

 

São imagens de tantas pessoas

Que vieram, que foram,

Com quem fiz mil e uma aventuras.

Habitam como fantasmas no casulo onde vivo.

 

Noutros tempos vieram

Cheios de vida e alegria, sóis da minha vida.

Partiram com saudades e saudades deixaram.

Agora nem alegria, nem sóis, nem tristeza,

Apenas fantasmas melancólicos

No casulo onde vivo.

 Zé Onofre

22
Mar22

Comentário 227

Zé Onofre

                  227

 

022/02/10, comentário a uma publicação de Maria Soares em 022/02/22

Fantasmas de casas,

Esqueletos graníticos

Vestidos de lençóis de lama,

Que vêm lá do fundo dos anos,

Das profundezas das águas,

Lembrar-nos que nada é para sempre

Que tudo é perecível.

 

É o tempo que nos fala

Do que era lá atrás

Do que foi ontem

E nos dá uma pequena amostra do amanhã.

 

É o progresso a ser assombrado

Por um passado que maltratou a natureza,

Com olhos no imediato

Sem pensar no futuro que já é hoje,

Nem num mais longe

Que é já amanhã.

 

Talvez com paciência,

E com muito mais desejo

Do que crença,

Talvez ainda consigamos reverter os estragos,

Ou, pelo menos, não os agravar.

  Zé Onofre

01
Mar22

Comentário 219

Zé Onofre

                  219  

 

022/01/15, sobre uma publicação de Isabel Silva em sussurros-da-mãe-natureza

 

É bom estar em sintonia

Com o vento que passa,

Com chuva, lágrimas de alguém,

Com a água fina e fria

Que correndo vai cantando

Em leito de pedras,

Que águas passadas amaciaram.

 

É tão bom parar o tempo

Apreciar um arco-íris de cores impossíveis,

Observar o sol curioso

A espreitar pelos buracos das cortinas cinzentas,

Brilhando um brilho diferente,

Em cada olhar.

 

É um sentir sem sentido,

A natureza a pulsar no corpo,

Vivê-la tão profundamente

Como se fôssemos só um,

Não um poste ao alto

Um rasgo de sangue

No corpo da natureza.

 Zé Onofre

22
Fev22

Comentário 215

Zé Onofre

B.215-----210

 

022/01/03, sobre cão II, de Sandra em silabasasolta

 

O tempo passa.

Passará?

.

Ou apenas tenho

A sensação que se vai.
Quem inventou

Dividir o tempo aos pedaços,

 – Em pista

De cento e dez metros barreiras. –  

A corrente da água do rio

Em porções estanques

Que fazem ouvir tic-tac

Na sua caminhada.

 

Tempo.

Pessoas.

Tempo caminho por onde sigo?

Eu, pessoa, caminho por onde o tempo vai?

  Zé Onofre

20
Fev22

Comentário 213

Zé Onofre

 

B.213-----208

 

2021/11/08, sobre uma publicação de Isaurinda Baltazar em despertarosentir, 2021/11/08

 

No livro da vida

As cicatrizes, são a escrita

Que a cada segundo marcaram,

A nossa história.

 

O tempo não apaga marcas, 

Que os dias, os meses, os anos, marcaram

Iluminado pelos astros,

Na mansidão do universo,

Na serenidade de um rio

Na delicadeza da vida.

 

No livro da vida

Está escrita, a luz, a nossa história.

Para nos fortalecer, cada vez mais,

Tem de ser escrita por nós

 Com dores ou sem dores.

 

Se está escrito – destino -

Essa história não é a nossa.

    Zé Onofre

27
Jan22

Comentário 202

Zé Onofre

    B.202-----197

 

2021/10/30, Sobre Roteiro de Outono, MO, 30.10.12

 

O tempo,

Não o dos relógios,

Não o da meteorologia,

Aquele tempo, mistura dos dois,

Que vestimos na cama

Nos dias chuvosos de Outono.

 

Acordar leve

Enrolado no calor da pele,

Pijama da mãe, previdente dos dias futuros.

 

Antes de me vestir,

Em jejum mergulho num café,

Onde, no fundo da chávena,

Vejo um roteiro por campos de Outono.  

 

Enquanto realizo esse programa

Sonho com o regresso

De um passeio ao sol

Que ilumina o fim

Dos dias cinzentos.

Zé Onofre

 

 

07
Dez21

Comentário 169

Zé Onofre

                     169

 

2021/08/13

 

Felizes são os inocentes

Que medem o tempo

Pelas suas vidas.

 

Felizes 

Os que não conhecem

Frações de tempo,

Que o vivem sem medida.

 

Felizes

Para quem o tempo

Tem o tempo

Que tem.

 

Felizes

Os que não ganham,

Nem perdem tempo,

Que apenas vão

Na corrente do tempo.

 

Felizes 

Os que olham o tempo

Não como medida da vida,

Mas a vida como medida do tempo.

 

Infelizes nós,

Os governados por um tic-tac,

Pela vibração

Dum cristal de quartzo,

Pela semivida

De um metal radioactivo.

 

Tão infelizes

Que perdemos

Vapores,

Comboios,

Autocarros,

Aviões,

E até conseguimos 

Perder tempo.

  Zé Onofre

06
Dez21

Comentário 168

Zé Onofre

                    168 

2021/08/13

 

 Silêncio

Palavra neutra

A luz branca

Das palavras

 

Para o decifrar

Teremos que encontrar

O prisma

Que as refracte

Para se tornarem visíveis

 

O silêncio, teu,

É toda a resposta

Às perguntas infinitas

Desta que vês

E sabes quem é.

 

Quê? Porquê?

Sempre a correr atrás do tempo,

O tempo a fugir.

Não gastes o tempo

Com o tempo.

 

Olha bem

No fundo do meu olhar.

Repara

Não verás mentiras.

 

Apenas estampadas,

Com toda a transparência,

Os sentimentos

Que te demonstro

Em abraços bem apertados.

 

Percorro

O caminho do teu rosto.

Desço lentamente.

Começo na testa,

Passo nos olhos,

Na fenda da boca,

Nas colinas e vale do peito,

Continuo por aí abaixo

Sem pressa nem sofreguidão.

Regresso

Termina a caminhada

Selando o meu sorriso

Com aquele beijo, teu,

Que é único.

 

Vem autenticamente

De mãos nuas e puras.

Troquemos de corpos.

Nesse cruzar

Sentirás o que sinto,

Viverei a alegria

Que tu vives.

 

Os nossos corpos

Enredados um no outro

Será o prisma

Que lerá o silêncio que nos une.

   Zé Onofre

 

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